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O concelho situa-se na paisagem de transição entre a Beira Alta (dominada por serranias e florestas) e a Beira Litoral pela costa e a maresia. As terras mortaguenses beneficiaram (nos primeiros passos para o desenvolvimento) desta situação, quase no centro de triângulo tendo em cada vértice três grandes cidades: Viseu, Coimbra (a mais próxima) e Aveiro. decidiram resultados positivos na economia geral do município. A recente elevação a cidade da sede comprova-o claramente.

Apesar de não possuir património construído a atestar a grandeza do passado, não se pense que Mortágua passou despercebida na marcha da História. O povoamento local devemos procurá-lo nos tempos pré - históricos, documentado nas fortificações castrejas, como a do Cabeço do Castro. Ao castro de Mortágua aludem documentos do século X, relativamente a doação ao mosteiro de Lorvão pelo poderoso conde Oveco Garcia (senhor de Stª Comba e de avultados bens): « includit in medio castro de Moratagalo ». Depois da localidade de Sobral, Trezói (« terra do Vouga » na Alta Idade Média) é a que mais se orgulha dos pergaminhos históricos com abundantes referências, anteriores à Nacionalidade. O convento de Trezói (anexo ao de Vacariça) é de crer que tenha desempenhado papel decisivo na ocupação e desbravamento da região. A provar a importância da « terra » estão os forais concedidos por D. Dulce (mulher de Sancho I) em 1192; pelo senhor de Tentúgal e Mortágua, Gonçalo Anes de Sousa (1403) e, finalmente, D. Maunuel I (1514), através das ordenações manuelinas. Espinho foi abadia da apresentação da Casa de Belmonte e Pala (povoação muito antiga), curato da paresentação do convento de Stª Cruz. D. Afonso III doou a vila de Mortágua a D. Teresa Fernandes de Seabra (sua amante) e, anos depois, à bastarda Leonor Afonso que legou muitos bens ao mosteiro de St. ª Clara de Santarém, por testamento de 1292. Por outro lado, a freguesia de Sobral terá sido a localidade do concelho que mereceu grandes atenções da nobreza e família real, sobretudo de « O Bolonhês ». Relativamente a Sobral a lenda conta que um vizinho (calvo) achou a imagem da Virgem junto à toca de castanheiro carcomido. Os habitantes dispuseram-se a fazer capela onde a colocaram. Misteriosamente, a senhora viltava para o local primitivo. Então os devotos desistiram e os de Pala resolveram levantar outro templo, instituindo irmandade e bodo aos pobres (distribuído no terceiro domingo de Outubro) na ermida denominda N. ª Sr. ª do Chão dos Calvos. Nove freguesias do concelho eram obrigadas a comparecer na primeira semana da Quaresma, sob pena de multa aplicada ao chefe de família que, por si ou familiares da casa faltassem. A romaria decaiu com o decorrer dos tempos, substituída pela Feira dos Calvos, como é conhecida.

O Santuário de S. Salvador do Mundo (ex - líbris da paisagem mortaguense) no cabeço do senhor do Mundo, sobre os alicerces do castro, é local de romaria e miradouro que chama a atenção do visitante, tentado a subi-lo para gozar espectacular panorama sobre veigas e pinhais. O santuário de N. ª Sr.ª do Carmo (dos princípios do século XVII), na Marmeleira (com importante romaria) é monumento de grande significado regional, assim como o santuário de N. ª Sr. ª da Ribeira (do mesmo século). A igreja matriz e o pelourinho (século XVI) são duas relíquias do património concelhio guardadas ciosamente.

Ponto de Interesse:  Cabeço do Senhor do Mundo, a 1Km da Vila; Largo 25 de Abril; Barragem da Aguieira; Mata do Buçaco; Santuário do Chão de Calvos.

Artesanato:  Objectos em Barro Vermelho, na freguesia de Vale de Remìgio; Cestaria de vime; Tanoaria; Tapeçaria.

Gastronomia:  Chanfana; Broa de milho; Pão de trigo de Madeira; Mel; Bolo de Páscoa.

Câmara Municipal de Mortágua

Telefone:  (+351) 231 927 460

Email:  mortagua@cm-mortagua.pt

Site: www.cm-mortagua.pt

Feriado Municipal:  5º feira de Ascensão

Número de Habitantes:  10.397 

Superfície:  247,8 Km2

Número de Freguesias:  10

Resumo Histórico:  A orografia é dominada pela presença da mais turística das serras (depois da Estrela), o Buçaco, enquanto a paisagem e disposição da propriedade patenteiam o principal modo de vida das populações. As terras da Mealhada a Mortágua (quase em linha recta) vão deixando para trás planuras cultivadas em direcção a uma geografia cada vez mais complexa, dominada (ou associada) por vales mais ou menos acentuados.

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